Vale a pena ver de novo


Falando de televisão a maioria das coisas é possível. Na TV os animais podem falar; os magros podem ser gordos; os baixos parecem altos e até mesmo uma bebida de gosto amarga parece agradável, como foi a propaganda veiculada algum tempo atrás que ficou famosa por suas frases: imagem não é nada. Sede é tudo. Obedeça sua sede. A questão que se levanta é que, se na televisão nem tudo é real, isso cabe também aos programas evangélicos? Ou estes são exceção à regra?

Nas décadas passadas a evangelização televisiva era feita apenas com o discurso do pastor, ou seja, não mostrava os templos, era uma sala como de um escritório em que o pastor fazia a pregação ali mesmo. Alguns cantores cantavam, mas era uma espécie de clipe musical. Nos dias atuais a situação é bem diferente. O telespectador consegue observar a igreja, ver como é o templo e as pessoas que lá freqüentam. Se são pessoas bem vestidas, se são pessoas bonitas ou elegantes. Porém, se a regra da televisão se aplicar aos programas evangélicos a expectativa pode ser frustrada quando da visita, na vida real, aos templos vistos anteriormente na TV.
Não é sabido quantas pessoas passam a participar presencialmente das igrejas depois de assistirem seus programas. A impressão que se dá é que o telespectador realiza seu culto em casa mesmo, uma vez que não há mais a curiosidade de saber como é a igreja daquele determinado pastor ou quem são as pessoas que lá freqüentam, pois a televisão, as câmeras já mostraram tudo isso.

Pode acontecer, também, de existir um conflito entre o que foi mostrado e o que realmente é. Como no comercial, a imagem transmitiria outro sentimento. Da TV ainda não é possível sentir cheiros. Com o controle remoto cada um controla a altura do som da sua televisão e se o pastor começar a pedir dinheiro ou falar algo que a pessoa não concorde, é simples trocar de canal, ou desligar a televisão. Tudo isso muda de configuração quando se está presencialmente em um culto. Para muitos, vale a pena voltar para casa e ver de novo o culto pela TV, pois nela sempre aparecem as pessoas mais bonitas e o inconsciente leva a crer que essas usam um bom perfume e tem um bom hálito. Vale a pena ver de novo, o novo (belo) na televisão.

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